Pra algumas pessoas, esporte e política são como água e óleo: definitivamente não se misturam, ou pelo menos não deveriam. Há, por outro lado, quem pense diferente. Há quem veja no esporte a expressão e a expressão do que acontece na sociedade, e vice-versa. No Brasil, nenhuma modalidade faz isso com mais precisão do que o futebol. Grande paixão nacional, ele pode explicar o país, seus valores, sua história, suas qualidades e problemas.
Eu faço parte do segundo grupo, e por isso criei o Futebocracia. A intenção é falar sobre duas das minhas paixões, o futebol e a política, no ponto em que elas se encontram. Isso não significa abordar a política do futebol (a briga pelo poder na FIFA, as ações de cartolas e dirigentes etc.) nem o futebol (o Fla-Flu) da política – apesar de eventualmente esses assuntos poderem aparecer por aqui.
Quando digo política, falo no seu sentido mais amplo, que compreende filosofia, sociologia, história, cultura, crenças, identificação social, tradições, poder, economia. A intenção é usar o futebol pra falar sobre o mundo em que vivemos, desde a forma como essa paixão é usada por governantes até o racismo e o preconceito dentro e fora das quatro linhas. E muito mais.
O site também quer dialogar com quem não é tão acostumado a esses temas. O objetivo é produzir textos bem escritos, com linguagem simples e agradável, para justamente aproximar as pessoas da política de outra forma, diferente daquela retratada na imprensa, que tanto causa aversão aos brasileiros. A política vai muito além das notícias de corrupção que nos bombardeiam todos os dias – ela é a ferramenta mais poderosa para mudar o mundo.
Quem faz o Futebocracia?
Por enquanto, só eu, Luiz Vendramin Andreassa. Apaixonado por futebol desde pequeno, apesar de péssimo com a bola nos pés, descobri na filosofia e na política outras duas obsessões. Sou formado em jornalismo e pós-graduado em Ciência Política. Fui repórter e freelancer em veículos das duas áreas. Acredito no poder do debate e da escrita para disseminar o conhecimento e, por meio dele, fazer do mundo um lugar melhor. Especialmente um lugar mais justo, onde o conforto material e o acesso aos bens materiais e intelectuais não seja privilégio de poucos.