Montagem com duas fotos em preto e branco. Às esquerda, imagem do estádio do Defensores del Chaco pela visão da arquibancada. À direita, membros do The Strongest posando para foto durante a Guerra do Chaco

Guerra do Chaco e futebol: a história que une The Strongest e Defensores del Chaco

A crônica esportiva, a fim de ressaltar a importância e a tensão de certas partidas, tem o costume de chamar esses jogos de “guerra”. Poucas vezes a alcunha é tão literal quanto o passado que liga duas instituições do futebol sul-americano a uma batalha que realmente aconteceu. Essa é a história da participação do estádio Defensores del Chaco e do clube The Strongest na Guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia.

Imagine, leitor ou leitora, a tensão que vivia o mundo no começo da década de 1930, logo após a grande crise de 1929. Preocupadas em evitar mais estragos no futuro, as nações passaram a procurar novas fontes de riqueza. Para a Bolívia, a resposta poderia estar bem ao alcance, no território conhecido como Chaco Boreal, a parte norte do Gran Chaco, o qual ocupa também parte do Brasil e da Argentina. Não que fosse um pedaço de terra atraente: mistura de floresta com deserto, com temperaturas acima dos 50° no verão e pouca água, ele tinha o apelido de “inferno verde”. Uma cancha inóspita, mesmo para ser palco de uma guerra.

Mesmo assim, ele tinha seu valor. Primeiramente, pela expectativa (que não se provou depois) de haver petróleo naquele solo. Mas, principalmente, por ser uma forma de acesso ao Rio Paraguai e, por meio dele, ao oceano atlântico. A Bolívia, desde que perdera a Guerra do Pacífico (1879-1883), contra o Chile, buscava uma forma de chegar ao mar e facilitar a exportação de seus produtos.

Mapa de uma parte da América do Sul, mostra em destaque, na cor verde, o território do Gran Chaco, do qual o Chaco Boreal faz parte. Ele ocupa partes de Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina
O Gran Chaco ocupa partes de quatro países, mas a parte norte é que foi motivo da guerra entre Bolívia e Paraguai. (créditos: CIA World Factbook)

Para o Paraguai, por outro lado, o Chaco Boreal era importante porque, sem ele, seu território seria menor e mais vulnerável a tentativas de anexação por parte dos vizinhos. Além disso, era preciso recuperar o orgulho nacional, ferido pela derrota na Guerra da Tríplice Aliança no século XIX, quando o país caiu diante de Brasil, Argentina e Uruguai. Por tudo isso, apesar de pouco povoado e nem um pouco amigável, o território vinha sendo disputado por Bolívia, Paraguai e outros países desde o período colonial. Ou seja, aquele ar quente e seco carregava traços de tensão havia muito tempo.

Essa tensão explodiu em 15 de junho de 1932, quando o exército da Bolívia, sem a autorização do então presidente Daniel Salamanca, atacou e expulsou bases paraguaias que ficavam perto do lago Pitiantuta – ou Chuquisaca, como era chamado pelos bolivianos. Apesar de ninguém ter morrido nessa ação, ela foi o pontapé inicial para uma batalha que viria a vitimar dezenas de milhares de pessoas.

Foto de um campo do Chaco Boreal com vegetação verde, árvores de altura média e alta, com o céu azul ao fundo
Apesar da vegetação, o Chaco Boreal em pouca água, muito calor e difíceis condições de sobrevivência. Por isso, é chamado “inferno verde”. (créditos: WikiMedia Commons)

Favoritismo só no papel

Se a Guerra do Chaco fosse uma partida de futebol, a Bolívia entraria como favorita. Com economia e população cerca de três vezes maiores, ela tinha condições para vencer o inimigo e dominar o território. Porém, certas vantagens nem sempre se materializam como esperado, seja nos campos de futebol, seja nos de batalha.

O Paraguai ficava bem mais próximo do Gran Chaco, o que facilitava sua organização estratégica. As tropas navegavam pelo rio que dá nome ao país, chegavam a Porto Casado e, de lá, seguiam de trem até o quartel general de Isla Poí. Enquanto isso, os combatentes bolivianos precisavam atravessar centenas de quilômetros em terras quentes e de água escassa. Não havia caminhões suficientes para isso e o transporte a cavalo não era possível nessas condições. Com isso, a vantagem numérica se inverteu. Para se ter uma ideia, a primeira ofensiva paraguaia contou com 16 mil homens, contra apenas 6 mil oponentes.

eto e branco onde aparece um trem em movimento transportando diversos homens para lutar na Guerra do Chaco, pelo Paraguai
Soldados paraguaios viajando de trem para lutar na Guerra do Chaco. A proximidade e acessibilidade ao território foi uma das vantagens que deram a vitória ao Paraguai. (créditos: WikiMedia Commons)

Um dos pontos de reunião dos soldados paraguaios era o Estadio de la Liga, na capital Assunção, construído em 1917 pela própria Asociación Paraguaya de Fútbol. Em El Libro de Oro del Fútbol Paraguayo 1901/2011, o jornalista José María Troche explicou sua função. “Durante a Guerra, o estádio tornou-se Hospital de Sangue e acantonamento, de onde partiam os soldados para a frente de batalha. Era também um campo de concentração onde chegavam os prisioneiros bolivianos, antes de serem enviados para o interior do país”.

Ao longo dos anos, o estádio passou por inúmeras reformas e chegou a ficar abandonado na década de 1930, antes de ser praticamente refeito do zero. Somente em 1974 ele ganhou o imponente nome Defensores del Chaco, palco de partidas da seleção paraguaia e dos principais clubes da cidade, incluindo dez finais de Libertadores e duas de Copa América – sobre os quais vamos contar mais adiante.

Vista aérea do estádio Defensores del Chaco, durante um dia nublado. Ele está cercado por casas, ruas e árvores da cidade de Assunção, capital do Paraguai
Imponente, o Defensores del Chaco pertence à federação paraguaia de futebol e sediou inúmeras partidas da seleção, entre elas a final da Copa América de 1979. (créditos: reprodução/Facebook)

Mas não foi apenas na cancha que serviu de acampamento que o futebol auxiliou o Paraguai na Guerra do Chaco. O lendário escritor Eduardo Galeano contou essa segunda parte da história em um dos textos do livro Futebol ao Sol e à Sombra – que você pode ler na íntegra aqui.

“Futebol e pátria, futebol e povo: em 1934, enquanto a Bolívia e o Paraguai se aniquilavam mutuamente na Guerra do Chaco, disputando um deserto pedaço de mapa, a Cruz Vermelha paraguaia organizou uma equipe de futebol, que jogou em várias cidades da Argentina e do Uruguai, e juntou dinheiro suficiente para atender os feridos de ambos os lados no campo de batalha.”

Eduardo Galeano

Voltando à batalha em si, outro fator de desequilíbrio chamava-se Hans Kundt (1869-1939), general alemão escolhido pelo governo da Bolívia para liderar suas tropas. Suas deficiências táticas ficaram claras ao longo dos combates: ele usava estratégias ultrapassadas, ignorava informações de inteligência e mantinha a convocação de recrutas a “conta-gotas”. Assim, as vantagens bolivianas antes do começo da guerra acabaram praticamente anuladas pelas condições que se apresentaram a partir de seu marco inicial.

O “gol de honra” da Bolívia

A vantagem paraguaia na Guerra do Chaco só não alcançou um nível ainda maior porque um clube de futebol protagonizou a única grande vitória boliviana. O The Strongest, além de ceder sua sede ao governo, forneceu cerca de 600 homens, entre funcionários, dirigentes e jogadores. Eles serviram desde o começo dos combates, mas sua principal participação aconteceu em maio de 1932, quando a disputa já se encaminhava para o fim.

O Coronel Bernardino Bilbao Rioja, torcedor do Tigre, e o Tenente José Rosendo Bullaín, capitão da equipe, se deslocaram para defender o forte Ballivián, último bastião do exército boliviano. Uma vitória do Paraguai nessa contenda poderia significar o fim da guerra, uma vez que suas tropas teriam acesso a cidades importantes, como Sucre e Santa Cruz.

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Os soldados embalaram a si mesmos com o grito “Huarikasaya Kalatakaya”, que na língua aimará significa algo como “Quebre a pedra, a vicunha chora” – vicunha é uma espécie de camelo dos andes, parente da lhama. Sua estratégia, de surpreender e cercar os inimigos, funcionou até melhor que o esperado. Além de garantir a posse do forte, eles apanharam um número de prisioneiros equivalente a metade do que fez o seu país durante toda a guerra.

A conquista, praticamente a única da Bolívia, ficou conhecida como Batalla de Cañada Cochabamba e aconteceu na região da Cañada Esperanza (canhada é um tipo de plano baixo entre montanhas, como uma baixada). Depois, ela foi rebatizada como Cañada Strongest, em homenagem aos esforços dos gualdinegros. Mas não foi só isso: em forma de retribuição, o governo deu ao clube diversos terrenos em La Paz, hoje usados para as categorias de base. E o Tigre, para comemorar o feito, já fez camisas e até uma versão alternativa de seu escudo, trocando o felino por um soldado.

Escudo do clube The Strongest, da Bolívia, em amarelo e preto. Acima do nome do clube, aparece um soldado, ao invés do tigre, como na versão original
Para homenagear a participação na Guerra do Chaco, o The Strongest criou uma versão alternativa de seu escudo, sem o tigre e com um soldado. (créditos: reprodução/Twitter)

Como o subtítulo acima já entregou, o episódio, apesar de marcante, não mudou o desfecho da Guerra do Chaco. Mas ainda haveria tempo para um acontecimento bizarro. Em novembro de 1934, o presidente boliviano, Daniel Salamanca, viajou até o campo de batalha para substituir o então chefe do Exército, seu desafeto General Enrique Peñaranda del Castillo. Não apenas o oficial não deixou o cargo, como deslocou as tropas que combatiam os paraguaios para prender Salamanca e obrigá-lo a renunciar. O golpe colocou o vice-presidente José Luis Tejada Sorzano na presidência e deu início a um período de domínio dos militares na política do país.

Em junho de 1935, os dois países finalmente chegaram ao acordo de armistício que deu fim à guerra. Três anos depois, definiram as novas fronteiras, e o Paraguai ficou com 70% do Chaco Boreal. Outros números mostram o estrago que o conflito causou à Bolívia: 70 mil soldados mortos e 20 mil presos, contra 40 mil baixas e 2 mil prisioneiros do outro lado.

Posteriormente, a Bolívia até conseguiu uma forma de chegar ao mar, por meio do Puerto Busch e sua conexão com o Rio Paraguai. Mas seus gastos com a Guerra do Chaco, as vidas perdidas e a instabilidade política comprometeram o desenvolvimento do país, que ostentou até recentemente o último lugar em PIB per capita na América do Sul, quando passou a lanterna para a Venezuela.

Dirigentes, sócios, jogadores e funcionários do The Strongest perfilados vestidos para ajudar a Bolívia na Guerra do Chaco
Dirigentes, sócios, jogadores e funcionários do The Strongest vestidos para ajudar a Bolívia na Guerra do Chaco. Eles foram os responsáveis pelo único grande triunfo de seu país. (créditos: WikiMedia Commons)

Da guerra às decisões

Continuemos o mergulho na história, mas deixando a guerra de lado. Vamos falar sobre as memoráveis batalhas que o Defensores del Chaco sediou em finais sul-americanas. A maioria dessas partidas aconteceu por causa do Olimpia, sete vezes finalista e três vezes campeão da Libertadores. Em duas oportunidades, o estádio sediou o terceiro jogo decisivo, quando empates nos saldos da ida e da volta eram resolvidos com nova partida em campo neutro. Para completar, a cancha também hospedou duas finais de Copa América, em 1979 e 1999.

Aprecie uma lista de cinco inesquecíveis finais disputadas no Defensores del Chaco, puxando um pouco para o lado brasileiro.

Olimpia 1×1 Peñarol
Decisão da Copa Libertadores de 1960

Uma das cenas mais tristes do futebol é ver um time perder uma Copa Libertadores dentro de casa, diante de toda a sua torcida. Isso aconteceu logo na primeira edição do torneio. O Peñarol, que havia vencido o jogo de ida, em Montevidéu, por 1 a 0, conseguiu o empate em Assunção e ficou com o título.

Uma curiosidade: o gol dos carboneros no Defensores del Chaco saiu dos pés de Luis Cubilla, que mais tarde seria o treinador do Olimpia nas suas duas primeiras conquistas continentais e em oito títulos paraguaios. Os torcedores do Decano certamente o perdoaram por seu crime naquela final.

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Formação do Olimpia vice-campeã da primeira Libertadores da história, em 1960. A equipe não conseguiu fazer valer a força do Defensores del Chaco e apenas empatou com o Peñarol. (créditos: Conmebol)

Olimpia 2×0 Boca Juniors
1º jogo da final da Copa Libertadores de 1979

Levou quase 20 anos para o Olimpia voltar a uma decisão de Libertadores. Pela frente havia o Boca Juniors, bicampeão continental e um adversário de respeito. Com gols de Osvaldo Aquino e Miguel Ángel Piazza ainda no primeiro tempo, o Decano construiu o placar que, somado ao empate sem gols na Bombonera, garantiu a tão sonhada taça.

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Paraguai 3 x 0 Chile
1º jogo da final da Copa América de 1979

O ano de 1979 foi mesmo especial para os paraguaios. Em sua segunda edição sem sede fixa, a Copa América daquele ano teve uma final dividida em três países diferentes. O Paraguai, que eliminara o Brasil na semifinal com uma vitória no Defensores del Chaco e um empate no Maracanã, fez do estádio novamente sua força na primeira partida da decisão e venceu o Chile por 3 a 0. No jogo da volta, os chilenos ganharam por 1 a 0, o que, segundo o regulamento da época, levou ao terceiro confronto em campo neutro.

No José Amalfitani, em Buenos Aires, o empate sem gols decretou o segundo título continental da Seleção Paraguaia, pelo saldo de gols. Algo que, convenhamos, poderia ter sido decidido sem a necessidade daquele jogo extra.

Brasil 3 x 0 Uruguai
Final da Copa América de 1999

O Defensores del Chaco testemunhou o show de uma estrelada Seleção Brasileira, comandada por Vanderlei Luxemburgo, que não deu chances ao Uruguai de Carini e Zalayeta. Rivaldo e Ronaldo marcaram os gols da partida, um aperitivo do que fariam três anos depois, na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul. Lembranças de um tempo em que o Brasil figurava sempre entre as finalistas do mundial.

Olimpia 0 x 1 São Caetano
1º jogo da final da Copa Libertadores de 2002

O São Caetano, com apenas 13 anos de existência em 2002, fez história ao chegar à final da Libertadores. Quando Ailton abriu o placar em pleno Defensores del Chaco, parecia que o feito seria ainda maior. Porém, para decepção dos torcedores do Azulão – e de todos do Brasil que simpatizavam com ele – o Olimpia conseguiu reverter o placar no Pacaembu, vencendo por 2 a 1, de virada. Na disputa por pênaltis, Sérginho e Marlon mandaram por cima e o time paraguaio chegou ao tricampeonato.

Não exatamente “o mais forte”

Se o Defensores del Chaco tem um nome que impõe respeito, o que falar do The Strongest? Fundado em 1908, o clube realmente foi “o mais forte” (significado do seu nome, em inglês) da Bolívia, pelo menos até a fundação do maior rival, o Bolívar, com quem trava o Clásico Boliviano. Hoje, Los Celestes têm 30 títulos do campeonato nacional, contra 15 do Tigre.

Além da participação na Guerra do Chaco, outro triste episódio marcou a história do Strongest. No dia 26 de setembro de 1969, jogadores e comissão técnica voltavam de uma partida contra o Cerro Porteño, em Assunção, quando o avião em que estavam perdeu o contato com o Aeroporto de Trompillo, de Santa Cruz. Ele havia caído na região montanhosa de Viloco, provavelmente devido a um incêndio na aeronave. Nenhuma das mais de 70 pessoas a bordo sobreviveu. O acidente ficou conhecido como Tragédia de Viloco.

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O Tigre recebeu ajuda de outros clubes, como Bolívar e Boca Juniors, e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) chegou a promover um Fla-Flu no Maracanã para levantar fundos para o clube. Com o tempo, ele recuperou sua força no âmbito boliviano, apesar de nunca ter sido uma potência sul-americana.

Por isso, a despeito da altitude de La Paz, enfrentar os gualdinegros não costumava ser um empecilho para os times brasileiros. Pelo menos até alguns anos atrás. Recentemente, o Strongest tem conquistado vitórias importantes, chegando a ser responsável por eliminar o Athletico na Libertadores. Abaixo, alguns dos mais importantes desses triunfos.

The Strongest 4 x 2 Palmeiras
Fase de grupos da Libertadores de 2000

Lembra da vez em que o goleiro Marcos tomou um cafezinho durante um jogo da Libertadores? Isso aconteceu no primeiro confronto contra o The Strongest, em 2000, quando o Palmeiras venceu por 4 a 0 no Parque Antártica. No jogo da volta, os bolivianos devolveram a goleada, fizeram 4 a 2 e imitaram o ato do ídolo palmeirense na comemoração.

Ao fim, o Verdão terminou como primeiro colocado daquele embolado Grupo 7, com 10 pontos, apenas três a mais que os gualdinegros, que ficaram na última posição.

The Strongest 2 x 1 Athletico
Fase de grupos da Libertadores de 2014

O Tigre e o Furacão chegaram à última rodada da fase de grupos brigando pela última vaga ao mata-mata. Com dois pontos a mais, o Athletico tinha a vantagem do empate. Depois de sair atrás com gol contra de Manoel, o time paranaense deixou tudo igual nos acréscimos do primeiro tempo com Adriano (sim, o Imperador). Nelvin Soliz, porém, marcou de cobertura o gol que fez explodir o estádio Hernando Siles e deu a classificação ao The Strongest.

O triunfo marcou tanto a história da equipe que até Evo Morales, presidente da Bolívia à época, falou sobre ele à imprensa. “O segundo gol foi lindo, Soliz definiu como Messi. Sofremos bastante, mas estamos contentes porque o The Strongest fez história e passou de fase”, disse o mandatário. Mas não passou muito disso: nas oitavas de final, a equipe caiu diante do Defensor, do Uruguai.

São Paulo 0 x 1 The Strongest
Fase de grupos da Libertadores de 2016

O estádio Hernando Siles, localizado a uma altura de 3650 acima do nível do mar, é o grande trunfo do The Strongest nas competições internacionais. Por isso, quase todas as suas vitórias nesses torneios acontecem dentro de casa. Contudo, a equipe conquistou um raro sucesso longe de La Paz contra o São Paulo. Atuando no Pacaembu, uma vez que o Morumbi estava em reformas, o Tricolor teve uma noite pouco inspirada e viu o adversário decretar a vantagem mínima com Alonso.

Apesar do resultado, os gualdinegros ficaram um ponto atrás do São Paulo e não avançaram à próxima fase. Já a equipe paulista, treinada pelo saudoso Edgardo Bauza, chegou à semifinal, caindo diante do campeão Atlético Nacional.

The Strongest 5 x 0 Athletico
Fase de grupos da Libertadores de 2022

O Furacão de Fábio Carille vinha de derrota no torneio e teve seu momento mais difícil em La Paz. Impiedoso, o Tigre anotou cinco gols de bola aérea, sendo quatro deles no segundo tempo, e impôs uma goleada histórica. Por outro lado, houve consequências boas para o Athletico: Carille foi demitido ainda na Bolívia e deu lugar a Felipão, que não só conseguiria a classificação à fase eliminatória, como levaria a equipe à final contra o Flamengo. Ou seja, o mesmo Felipão que em 2000 foi goleado pelo Strongest quando treinava o Palmeiras e, coincidentemente, também terminou como vice-campeão. Os bolivianos, por sua vez, ficaram em terceiro no grupo.

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